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Notícias | Ser Educação PREMIADOS

Professora cria projeto solidário para produção de capas de chuva

Pensado por educadora de Campo Bom, este é um dos trabalhos vencedores do 1º Prêmio Ser Educação

Por Marcelo Kenne Vicente
Publicado em: 19.12.2022 às 03:00 Última atualização: 21.12.2022 às 09:01

Durante esta semana, os jornais do Grupo Sinos vão compartilhar os projetos dos profissionais vencedores do 1º Prêmio Ser Educação, que teve cerimônia de entrega dos troféus no final do mês de outubro, em Novo Hamburgo.

Esse prêmio tem como objetivo homenagear professores e gestores de escolas públicas e privadas que fazem a diferença no dia a dia das instituições de ensino, por meio da criação e execução de projetos inovadores.

Capas de chuva foram produzidas com material de guarda-chuvas estragados
Capas de chuva foram produzidas com material de guarda-chuvas estragados Foto: Divulgação
Uma das vencedoras foi Tatiana Cristina Padilha de Oliveira, a primeira colocada na categoria Professor de Escola Pública. Formada em Pedagogia com pós-graduação em Ludopedagogia, Tatiana tem 14 anos de experiência na área da educação e atualmente dá aula na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dona Augusta, de Campo Bom. Foi nessa instituição, por sinal, que a professora colocou em prática o projeto Quem tá na chuva não quer se molhar, apresentado por ela para concorrer ao prêmio.

Tatiana conta que o projeto teve início no mês de abril deste ano, quando, em um dia de aula de aprendizagem criativa, chegou à sala e percebeu que havia poucos alunos. Por causa disso, ela e os estudantes presentes começaram a conversar sobre os motivos que fazem as pessoas faltarem quando chove. No dia seguinte, os alunos foram às demais salas da escola para questionar os outros estudantes sobre as razões pelas quais deixam de ir à aula em dias de tormenta. Dos 136 que responderam, 43 deram como principal motivo a falta de guarda-chuva. "Foi então que surgiu a ideia de um projeto de confecção de capas de chuvas para serem distribuídas aos estudantes", lembra Tatiana.

Segundo ela, o projeto não gerou custos à escola ou às famílias, pois o material usado na confecção das capas vinha e vem de guarda-chuvas estragados. "A parte de ferro que sobra comercializamos em um ponto de reciclagem para compra das linhas de costura. São usados guarda-chuvas e sombrinhas arrecadados na escola e no ponto de coleta que fica na Secretaria de Educação de Campo Bom.

Depois de os guarda-chuvas chegarem, foi iniciada a confecção das capas, recorte, alinhavo e costura, envolvendo todas as turmas, em destaque o 5º ano do ensino fundamental, que, de acordo com a professora, tiveram forte engajamento ensinado as crianças menores.

Solidariedade e consciência ambiental

Tatiana destaca que o projeto ainda está em andamento e que depois da entrega de 80 capas percebeu-se um aumento de 10,82% de presenças em dias de chuva. Devido aos resultados positivos, a ideia é prosseguir com esse projeto. O próximo passo é confeccionar capas de chuva para moradores de rua.

Outro impacto trazido pelo projeto é o despertar nos jovens da consciência sobre a quantidade excessiva de materiais jogados fora, reconhecendo que todos podem reduzir a produção de lixo fazendo a reciclagem correta. Além disso, o trabalho também possibilita refletir sobre os prejuízos causados na aprendizagem pela infrequência nas aulas.


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