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Notícias | Região Entrevista

Gorete: "A educação é capaz de transformar"

Nova secretária quer unir as forças da comunidade

Por LETÍCIA ROSSA
Publicado em: 09.05.2019 às 22:25 Última atualização: 10.05.2019 às 16:00

Foto por: letícia rossa/ges-especial
Descrição da foto: DOUTORA EM EDUCAÇÃO: também é graduada em História
"Nós precisamos trabalhar na formação de um cidadão ativo, comprometido e autônomo". É norteada por este propósito que Maria Gorete Rodrigues da Silva, de 52 anos, deu início à sua trajetória como nova secretária de educação de Gramado. A profissional acumula uma carreira de quase quatro décadas - sempre direcionada a instituições de ensino públicas e privadas da região.

Maria Gorete é graduada em História, especialista em Informática na Escola, especialista em Gestão da Qualidade, mestre em Administração e doutora em Educação. Em seu currículo, a atual secretária também traz experiências como professora e diretora de escolas em Gramado, além do trabalho de uma década elaborado junto à Universidade de Caxias do Sul.

Entrevista MARIA GORETE

Desde 2017 você atua como diretora da Universidade Aberta do Brasil em Gramado. Como fica este trabalho a partir da sua atuação na Secretaria de Educação?

Neste primeiro momento vou seguir também na UAB. Estamos em uma situação diferente, pois com o redirecionamento de verbas do governo federal a gente vive um período de apreensão e estagnação. Cursos que tínhamos previsto que poderiam vir para cá neste ano não vamos mais conseguir viabilizar por causa deste corte de verbas. No entanto, abrimos outras frentes: com a Uergs, assinamos termo de cooperação e criamos um laboratório de estudos multidisciplinares avançados.

A UAB é vinculada com a Secretaria de Educação, então inevitavelmente eu mantenho este vínculo com muita satisfação.

De que forma decorreram estes primeiros dias de aproximação com o corpo docente de Gramado?

Fui muito bem acolhida, tanto pela equipe da Secretaria quando pelos diretores. Na semana passada fizemos um evento no polo da UAB para apresentação formal. Por mais que boa parte da equipe me conhecia, foi muito bom este encontro para apresentação dos nossos pilares. Nós acreditamos que o diretor e o professor são os protagonistas. A Secretaria só está aqui para dar suporte, pois quem faz tudo acontecer em sala de aula são eles. Motivada por isso, traço a relação com professores e diretores a partir de duas vias básicas: uma é o acolhimento e a outra é a orientação na solução dos problemas. Fizemos, então, um mapeamento de toda a equipe para entender o que cada um faz. Ouvimos as sugestões e criamos um diagnóstico. A partir do mês de junho teremos as pontuações referentes aos projetos que continuaremos até o final de 2020.

Quais são as diretrizes que norteiam o seu trabalho? Que princípios serão considerados?

As premissas norteadoras do nosso trabalho são quatro: a legalidade, por ser a Secretaria um órgão público; a qualidade no trabalho, nas relações e nas informações; o respeito a si e ao outro; e a aprendizagem contínua e inovação.

Na área pedagógica retomamos os pilares da educação da Unesco: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser. E a Base Nacional Comum Curricular traz, ainda, a igualdade, a equidade, e a diversidade. Além disso, na Secretaria trazemos como âncoras a identidade, a convivência, a competência e a cidadania.

E como você analisa este momento instável que a educação vive em todo o Brasil?

Vejo com muita apreensão. Existe uma necessidade muito grande de desenvolvimento de cidadania no Brasil. E precisamos da educação para isso. Eu vejo muitos problemas sérios, muitas dificuldades, e as perspectivas não são boas. Vivemos um período em que o conhecimento é desvalorizado, e por isso esta apreensão.

Em que áreas da educação de Gramado a Secretaria deverá direcionar mais atenção?

Na educação a gente sempre tem três áreas básicas de atuação. A pedagógica é relacionada ao "fazer docente", de como tudo acontece nas escolas. É um processo contínuo, de novos projetos e metodologias. Outro ponto é o administrativo, ainda mais depois da homologação do concurso. E também a estrutura física, pois temos a necessidade de avaliar projetos de reformas.

Diante de tantos movimentos e esforços, por que você considera fundamental investir na educação?

Quem trabalha com educação acredita na vida e nas pessoas. E na capacidade que a gente tem de transformar, de fazer mudanças na sociedade. Nosso grande desafio é unir forças, principalmente da comunidade escolar. Precisamos desta união porque lutamos por um mesmo objetivo, que é a educação. E, por meio dela, sei que podemos construir uma sociedade mais justa, mais igualitária, e com melhores condições de vidas para todos.

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